A internet no Brasil começou nos idos de 1994 e capengou nos modems de 28,800 e nos pulsos das telefônicas (sábado e domingo só contava 1 pulso independente do tempo!) por muito tempo. Nesse tempo o acesso a informação sobre cinema era muito limitada, basicamente através de alguns raros programas de tv e de revistas, principalmente a Revista SET e Vídeo News. Era aquele frisson para folhear cada edição mensal com suas preciosas informações. Isso para os que realmente gostavam de acompanhar as noticias da sétima arte, mas a grande maioria tinha apenas nos trailers as informações dos filmes vindouros. E só.
O boom do produto informação de cinema aconteceu mesmo com a popularização do YouTube. Daí a quantidade de comentaristas de cinemas aumentou aos borbotoes, tema que já abordei na resenha “Comentarista de Cinema“, sendo que basicamente falavam sobre a critica do filme. Acontece que o excesso de comentaristas fez com que os melhores, em busca de maior destaque, passassem a falar não apenas sobre a critica do filme em si, mas também de aspectos da produção, bastidores e fofocas.
Daí o YouTube passou a “apertar a corda”, monetizar cada vez menos, exigir cada vez mais conteúdo, mais frequência (não menos do que diária!) e, enfim, o pessoal chegou ao ponto de gerar uns 30 videos apenas sobre um filme! Não, não é exagero. Para os blockbusters, por exemplo, hoje temos os temas como: teaser decifrado, trailer comentado, drops da pré-produção, comentários sem spoiler, comentários com spoiler, easter eggs, o veredito, cenas deletadas, entendendo o final, dentre inúmeros outros, além, é claro da própria resenha do filme, esta alçada as vezes a vídeos com 1 hora.
Será que não é demais? O lado bom é que vivemos no mundo do “sob demanda”, onde apenas consumimos o conteúdo que desejamos, quando, onde e via o dispositivo que desejamos. Façam suas escolhas!
